quinta-feira, 1 de abril de 2010

A TESE DO ALEX-RJ, A SKY E O “SOU BOTAFOGO”

Colegas de sofrimento,


Durante alguns meses, o colega ALEX-RJ vem defendendo uma tese no blog do ZÉ FOGAREIRO, que veicula no G-1 da Globo, que, ao seu sentir, muito contribui para o ex-Glorioso ser visto tanto pelos adversários – clubes e torcedores –, quanto pela mídia (escrita, falada etc.), como uma associação desportiva desrespeitada, que não merece maiores destaques no meio futebolístico: a omissão da torcida em comparecer aos Estádios.

Preocupado com esse estado de letargia, ele, o nosso bom, inteligente e polêmico colega ALEX-RJ, içou bandeira para que, de uma vez por todas, a torcida (especialmente a que mora na cidade do Rio de Janeiro) passe a adotar como exemplo os clamores do ZÉ FOGAREIRO e, fazendo uso de outras palavras que não as do ZÉ, “levante a bunda do sofá” para prestigiar o time.

Inicialmente adjetivando os assinantes de TV por assinatura (Net, Sky e outras) de membros da torcida “SOFÁ-FOGO” – fato que desagradou a gregos e troianos – mais tarde, tratou logo de mudar a sua linha de raciocínio: Embora com os mesmos propósitos, mas fazendo ressalvas para eximir dos tons críticos apenas os que moram fora da cidade do Rio de Janeiro –, o arguto ALEX, parafraseando o “Quero meu Botafogo de Volta!” criou uma espécie de movimento novo naquele blog: o “QUERO MINHA TORCIDA DE VOLTA”.

O slogan cresceu rapidamente e conquistou adeptos. E inimigos, também. Acho tudo isso muito engraçado, além de democrática e salutar as manifestações temáticas ali postas por essa e aquela corrente filosófica (ou seria “ideológica”?).

Em virtude de residir a mais de mil quilômetros de distância da Cidade Maravilhosa, folgo em saber que o nosso valoroso companheiro veio a público para “perdoar-me” pelos fracassos do Fahel, do Wellington, do Leandro Guerreiro, do Lúcio Flávio & Cia. e pelas chacotas por ele apontadas.

Assim, isentado pelo ALEX e do conforto da minha tribuna caseira (o sofá), durante meses a fio, acompanhei os debates travados pelos que apóiam e pelos que desaprovam a teoria alexiana carioca. Essa é, sem dúvida, uma das poucas vantagens que tem o botafoguense excluído da ira do autor do Movimento “QUERO MINHA TORCIDA DE VOLTA”: não ser considerado “culpado” pelos fracassos do arremedo de time, nem pela (DES)administração dessa que é a pior Diretoria do ex-Glorioso, nas últimas duas décadas!

Jamais pretendi “dar pitaco” nessa guerra de paixões que está assolando o blog (gosto mesmo é de apontar os erros – e haja erros! – praticados por quem DESadministra meu BOTAFOGO, ao invés de voltar os raios das minhas palavras a quem ama o clube).

Mas, hoje, exatamente neste vinte e cinco de março do ano dois mil e dez, do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, ao deparar-me com a notícia de que “operadora de TV por assinatura terá marca estampada nos ombros e na parte de baixo das costas da camisa e nos calções dos uniformes do Flamengo” e que, em razão disso, pagará ao clube de Basquete rubro-negro a módica, irrisória quantia de R$ 500 mil reais, mensais, além de uma merreca de R$ 150 mil, a título de bônus, caso o time que joga com as mãos ganhe o título (que título? Tanto faz... ), não resisti à tentação! Resultado: Eis, aqui, este chato a encher a paciência do leitor, pra emitir opinião sobre o assunto.

Note, portanto, o leitor, a abissal diferença que existe em sede de MARCAS, entre o que ocorre no Flamengo e o que sucede no BOTAFOGO:
“É mais um passo importante que estamos dando para a valorização da marca do Flamengo. Esta nova parceria fortalece ainda mais o nosso basquete, que tem nos dado tantas alegrias. São de investidores como esse, que acreditam no potencial do esporte olímpico, que precisamos para mantermos grandes equipes já pensando nos Jogos Olímpicos” - disse a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, na manchete estampada na página de Esportes do G-1.

Quanto ao BOTAFOGO, o assunto pode ser resumido através da análise do companheiro Carlos Vilarinho. Confira:

“O Botafogo acaba de concluir uma negociação para ter patrocínio durante a temporada de 2010. Ficou apenas com a garantia de dispor de receita para este campeonato Carioca, tendo discutido na condição de finalista e vencedor da Taça Guanabara. O problema é que a equipe foi campeã contra a maioria dos prognósticos, inclusive da própria torcida alvinegra. Perdeu ótima oportunidade de assegurar uma temporada tranquila financeiramente. Perdeu mais uma oportunidade. Desta negociação, assim como em todo o processo empreendedor, o clube deve tirar as suas lições, a fim de evitar a repetição de erros e se fortalecer nas etapas seguintes. A primeira das lições é que futebol é coisa muito séria pra servir de temas de entrevista ou de fortalecimento da imagem pessoal. Futebol é negócio e depende cada vez mais de planejamento, seriedade, competência e o silêncio é um desses componentes quando se negocia algo de tão grande importância.


Uma segunda lição seria ter um porta-voz que pudesse se relacionar com a mídia e com o mundo dos negócios, de forma a não trazer tantos prejuízos para a imagem do clube e seus interesses. Muita gente no Botafogo fala na hora errada e sobre o que não sabe.


Mas a lição de maior importância é a que corresponde à soma de todas as situações necessárias ao fortalecimento do clube e que corresponde ao aprofundamento do processo de profissionalismo.


Sem investir neste rumo, com pessoas cada vez mais preparadas, independentemente de onde tenham atuado, o Botafogo brigará por um pedaço progressivamente menor do mercado do futebol e não saberá aproveitar as oportunidades, cada vez mais raras - de sair da condição de aspirante.


A cada ano o Botafogo surge divulgando a mensagem de "agora vai", mas tropeça nas palavras e na execução de seus planos.”


Como se vê, a atual (DES)administração é tão ruim, mas tão inoperante, tão incompetente, que além de não servir para montar um time capaz de motivar os torcedores a comparecer aos Estádios, com a sua língua grande e má gerência administrativa, ainda se presta a botar lenha numa fogueira de uma discussão deletéria, qual seja a de levar os torcedores de outras praças (como é o meu caso) a, além de não comparecer às praças de futebol, também sentirem-se “culpados” por gostarem do BOTAFOGO e, morando longe e querendo ver o seu time ruim jogar, comprarem pacotes da TV por assinatura, SKY!


Santo Deus! Durma-se com um barulho desses!


Se, por um lado não faltam razões para os que defendem a sua tese, no sentido de que a torcida carioca é omissa (talvez espelhada no fato de o clube ser dirigido por um Presidente de igual adjetivação), de outra banda, o que antes já era maléfico para os cofres das depauperadas finanças do clube, agora, ante o patrocínio firmado pela SKY ao clube do KPT, com o suado dinheirinho dos assinantes botafoguenses, a coisa tende a ficar pior – pois não duvido muito que, daqui a alguns dias, não serão poucas as mensagens que serão postadas no nosso espaço de discussões democráticas fazendo apelo para que os botafoguenses cancelem suas assinaturas perante a SKY...

E porque não comungo das mesmas intenções da dupla Walid-Aion, que, pretendendo matar a atual (DES)administração do clube “por inanição financeira” – daí o movimento lançado naquele blog, sob a forma de tirinhas, “BOICOTE O OMISSÃO” – se a “onda” de cancelamento de assinaturas da SKY pegar, sob o pretexto de que “assinando SKY o botafoguense ajuda, indiretamente, o Flamengo”, sou obrigado a dizer que, mesmo contrariado, só haverá um meio capaz de nós todos, indistintamente, ajudarmos o BOTAFOGO a sobreviver, pelo menos até o dia em que estivermos LIVRES DO OMISSÃO e da Turma de empresários que o acompanha: vestirmos a camisa do malfeito e desplanejado sócio-torcedor, o “SOU BOTAFOGO”.

É o que farei.


Finalizando, fica, aqui, um conselho aos leitores: “Antes pingar, do que secar”.
Assinemos, pois, esse arremedo de Projeto “SOU BOTAFOGO” – mesmo porque, além de sermos, de fato, botafoguenses, quando a torcida de todo o Brasil tiver o seu BOTAFOGO DE VOLTA, fatalmente, corrigirá as anomalias ali insertas, dentre as quais o impedimento de o sócio-torcedor poder votar pra presidente do Fogão!
Palmas para o ALEX-RJ, portanto.
Grande abraço a todos e não se esqueçam: TEREMOS O NOSSO BOTAFOGO DE VOLTA.



Nicanor Sena (Goiânia

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Botafogo Campeão da Taça Guanabara

Fala geraldinos!

A pedidos do amigo Beto, encaminho parte de um email resposta a ele ao blog da geral!

Pois é, vejam o que são as coisas. Eu estive no Engenhão justo naquele fatídico 6 a 0, e se não dou razão, compreendo perfeitamente a atitude do agora famoso advogado 'queima camisa'. Foi demais da conta. Resisti ao primeiro tempo, mas logo no quarto gol saí do estádio, como praticamente todos os de maior sensatez. Mas deu no mesmo, tive que esperar o trem das 10h, ou seja, o fim do jogo, naquela estação lotada de botafoguenses incrédulos. Enfim, disso não falo mais.

Mas não foi exatamente esta derrota que nos salvou? Infelizmente, em clubes como o BFR, sempre administrado com amadorismo travestido de paixão (seja com Bebetos ou Maurícios da vida), necessitam deste tipo de situação pra tomar medidas duras e necessárias.

E não é que o Joel fez mágica? Sinceramente, não vejo outra palavra a não ser "magia" para descrever o que ele fez em tão pouco tempo. O cara mantém aquela mesma equipe bisonha, com aqueles caras que ninguém mais aguenta ver, e consegue o milagre de extrair as poucas gotas de vinho (ainda que nacional) em meio a tanta água do Cocô-Beach. O cara é foda mesmo!

Mas esse é o futebol, esse é o meu (o nosso!) Botafogo. "Há coisas que só acontecem ao Botafogo...". Ainda bem que 'coisas' também podem ser boas.

É isso, jogamos com inteligência, determinação e eficácia, à la futebol inglês/alemão, e levamos o título com TODOS OS MÉRITOS! Talvez nunca tivemos tanto mérito. Não fui ao jogo contra o Flamengo, estava cansado, puto e determinado a cumprir a minha promessa de não perder meu tempo com asneiras. Vi pela TV e o que vi foi um filme ao contrário de 2007, se é que me entendem. Exceto pelos roubos que, é claro, nunca vão estar ao nosso favor.

Animado, fui comprar meu ingresso pra final, e o que vi foi um ambiente de absoluta certeza dos vascaínos, tão carentes de títulos, de que já estava tudo ganho. Fiquei 3 horas na fila em GS. Não foram quaisquer 3 horas, foram 3 horas debaixo de um sol de 40 graus. Tudo pelo Botafogo!

No sábado, andava ali pelo Largo dos Leões (pra quem não sabe, onde há pouco mais de 100 anos, numa reunião após uma troca de bilhetes durante uma aula de álgebra, surge o mote deste texto), perto de onde moro, um senhor já bastante idoso me aborda. Elegante, parecia sair do trabalho. Mal conseguia falar, tive que me esforçar para ouvir ele me perguntar se íamos ganhar amanhã. Eu imediatamente respondi: "claro! Não tenho dúvida! Agora então eu tenho certeza!". E ele: "pois saiba que eu torço por esse clube muito antes de seus pais nascerem e já vi de tudo, meu filho; vou confiar em você!". E me cumprimentou efusivamente. Não sei o que deu em mim mas aquele senhor me fez ter certeza que levaríamos a taça. Fosse em outras ocasiões, com meu peculiar pessimismo pé-atrás, teria dito: " Não sei, vamo ver...quem sabe".

Aí veio domingo. Vou tranquilo ao Maraca, certo de que daqui a algumas horas não teria mais voz. Me poupando, sozinho. Concentrado.O Maraca tava bonito, muito mais vasco, mas como sempre a torcida do fogão ganhando na garganta. E fui ao jogo com a camisa da Geral! E assim, com a camisa da Geral, tinha certeza que ia dar Botafogo. E deu.

E essa vitória veio no momento certo, agora o presidente não pode perder a chance de lançar um projeto de sócio torcedor decente e angariar um bom patrocinio para trazer um verdadeiro camisa 10 e mais reforços de verdade. Por que não me iludo, esse time é limitado e precisa ter mais volume de jogo se quiser almejar algo digno de ser almejado pelo Botafogo. Mas em matéria de dirigentes, eu não espero mais nada...

E o meu amigo João Bruno, alagoano de Maceió, que está fazendo mestrado aqui no RJ comigo, botafoguense como nós, estava em SSA no Carnaval. Recomendei que ele fosse na geral ver o jogo e deu certo. Virou amuleto, assim como a camisa da geral e o senhor do Largo dos Leões. E como o Caio, claro! rs.

É isso aí pessoal, é por essas que pra mim ser conduzido pela Estrela Solitária sempre será um imenso prazer!

Vamos que vamos, e da-lhe Fogão (de 6 bocas, alta eficiência no cozimento do bacalhau.rs.)!

Abraço a todos os amigos da Geral!

S.A.
Pedro Alijó
Rio de Janeiro-RJ

domingo, 17 de janeiro de 2010

AMAR O BOTAFOGO É...


Colegas de sofrimento.

Apesar de tudo o que acontece com meu BOTAFOGO; apesar dessa que considero a mais desastrada Diretoria de todos os tempos, continuo a amar nosso querido ex-Glorioso. Afinal, ninguém ama um clube de tantas tradições no passado apenas pela (DES)administração que ele tem.

De qualquer modo, penso que quem ama o nosso BOTAFOGO não é chegado a fazer contas, não obedece à razão; age, simplesmente, movido a paixão. O verdadeiro amor ao time da camisa mais bonita e do escudo mais bonito do mundo acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção de estrelas – malgrado apenas uma Solitária seja o suficiente para conduzir a todos nós rumo ao começo da perda da razão.

Engrosso a fila dos que pensam que “ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais” – como bem remarca o Arnaldo Jabor, numa das suas crônicas mais conhecidas.

Isso também ocorre com o nosso ex-Glorioso, BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS. Ou seja, ama-se o BOTAFOGO pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que a camisa lhe dá, ou pelo tormento que o time provoca.

Ama-se o BOTAFOGO pelo tom de voz quem vem estridente das arquibancadas, pela maneira que os olhos piscam quando o time entra em campo, pela fragilidade que se revela quando mais se espera da sua zaga, do seu meio-campo e do seu ataque, numa partida de futebol.

Amar o BOTAFOGO é, simplesmente, assim: A gente ama o clube porque é gostoso ser torcedor petulante. A gente ama e morre pelo BOTAFOGO pelos simples fato de ter escrito dúzias de cartas e posts para quem o (DES)administra e eles não respondem a nenhum dos reclamos; porque a gente sonhou com flores e o time nos deixou a seco.

O amor ao BOTAFOGO (qualquer que seja a forma utilizada para expressar tal sentimento – civilizada, com expressões de baixo calão, não importa), pode ser comparado àquela paixão cega do cara que ama a mulher que possui gostos completamente diferentes do dele: Ele gosta de rock e ela de chorinho; ele gosta de praia e ela tem alergia a Sol; ele abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio se combinam; um é Jesus, o outro é Genésio; um é festa na Barra Funda, o outro, calça furada na barra… Dá-se assim o amor de um botafoguense com o time ingrato, dirigido por uma Diretoria não menos ingrata, insensível, insôssa, sem pé, nem cabeça!

Em sendo assim (e o é), não pergunte-me o porquê de termos que aturar nossas diferenças. De um jeito ou de outro, o simples fato de sermos torcedores do BOTAFOGO já nos torna inteligentes. A que me interessa se quem posta aqui lê livros, revistas, jornais? Que diferença faz, se o colega leitor gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor? Quem foi que disse, afinal, que aqui , na “GERAL ALVINEGRA”, é espaço para medir graus de amor ao BOTAFOGO? Amar o BOTAFOGO é o quanto nos basta!

Se a Branca, a Julinha, a Lorena são bonitas, se seus cabelos vieram ao mundo para ser sacudidos num comercial de xampu e seus corpos tem (ou não) todas as curvas no lugar, tanto faz.

Para amar e expressar sentimentos ao meu, ao nosso BOTAFOGO, independe de emprego fixo, bom saldo no banco. Também tanto faz se o cara gosta de freqüentar estádios, se aprecia viajar, se prefere a TV ao invés de sentar o oritimbó no cimento duro da arquiba, se tem loucura
por computador e se seu fettucine ao pesto é imbatível… tanto faz.

O leitor, não pega no pé de ninguém e adora interagir no blog, ante a omissão da Diretoria do clube? Um outro torcedor gosta de dizer verdades, ainda que tais verdades pareçam, aos olhos de alguns, como “verdades cruas”? E daí? Então, o simples fato de ser botafoguense não lhe confere o direito de vir aqui, na GERAL ALVINEGRA, expressar suas opiniões, seus sentimentos?

Ah, o amor ao BOTAFOGO. Quem dera nosso amor ao time da Estrela Solitária não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu um pobre chato + você inteligente e metido a dono do blog = dois apaixonados.

Ocorre que essa equação não funciona assim.

Amar o BOTAFOGO não requer conhecimento prévio do time que temos, nem consulta ao vocabulário ortográfico da língua portuguesa. Amamos o ex-Glorioso justamente pelo que o BOTAFOGO tem de indefinível.

Torcedores “donos da verdade” existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons comentaristas e bons pais de família, tá assim, ó! – aqui na GERAL.

Mas ninguém consegue ser do jeito que queremos ser! Pensem nisso.

Nicanor Sena (Goiânia)


sábado, 9 de janeiro de 2010

UMA BOLA, PELO AMOR DE DEUS!

Colegas de sofrimento.

NATAL tem dessas coisas: faz a gente ficar meio bobo, sentir vontade de abraçar os amigos e, acreditem, até, fazer as pazes com aqueles por quem não sentimos qualquer afeição. E também: vontade de voltar a ser criança só para acreditar em Papai Noel e, com isso, fazer pedidos impossíveis, irrealizáveis!

E porque é NATAL, ante tantas coisas ruins que têm atormentado o dia-a-dia do pobre coitado torcedor botafoguense, de repente, vejo-me no espelho a fazer o meu pedido ao bom velhinho:

Meu pedido é simples, nada de complicado. Só quero ser feliz. Mas, desde já, adianto-lhe que a minha felicidade tem tudo a ver com o BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS. Então, lá vai:

Para o ano que se aproxima, só desejo que o Senhor dê ao BOTAFOGO uma BOLA. Não uma bolinha qualquer, murcha, sem graça como aquela em que meu ex-Glorioso teve e mostrou pra sua sofrida torcida neste 2009 que se exaure. Nada disso! A bola que você tem que trazer para o meu time deve ser um objeto que role, suba, desça, voe. Viaje pelo espaço e caia em pés hábeis; que gire, conduzida por chuteiras firmes e rápidas, calçadas em pés que entortem como nos velhos tempos; que sirva para apoiar-se em pernas de craques miraculosamente bailarinos; uma bola que deixe adversários para trás, que os evite, fuja, se furte do alcance de qualquer jogador de futebol que não esteja vestindo a camisa com as cores e o escudo mais bonito do mundo e que vá, inapelavelmente, irresistivelmente, alcançar a rede adversária.

Dê ao BOTAFOGO uma BOLA que ande e nos conduza ao sonho de gritar aquela palavrinha mágica: GOOOOOLLLLAAAÇO!. Pode até ser uma BOLA castigada, de couro vagabundo ou simplesmente feita de meia, tocada nos campinhos de várzea; poder também uma BOLA brilhante, cara, expressão de qualidade das marcas notórias, jogada por craques ricos e famosos – mas desde que nos leve ao sonha de ser CAMPEÃO! E de repetir, centenas de vezes, até perder a voz rouca: É CAMPEÃO, É CAMPEÃO!

Dê ao BOTAFOGO, por favor, uma esfera capaz de fazer com que os seus torcedores (dentre os quais me incluo) possam sentir o prazer de sonhar sonhos de uma vida melhor; capaz misturar e de confundir suas vidas com a do time que escolheram para amar; uma BOLA que opere o impossível atual: fazer deste time perdedor de 2009 um vencedor em 2010, para que a torcida mais inteligente e diferente do Brasil se multiplique ao ponto de o País ver-se encarnado, vestido de preto e branco, comemorando VITÓRIAS, com sorriso estampado no rosto.

Alienação? Decerto. Mas insubstituível como mote para a alegria represada diante da miséria, das dificuldades, da violência, da falta de trabalho....

Pode até ser uma BOLA produto acintosamente comercial. Não importa. Desde que seja eficaz para mostrar olhos marejados, braços se agitando, sorrisos escancarados que deixem para trás todas as censuras, lançando quase todo botafoguense numa dimensão onírica onde a vitória é certa e saborosa, é o quanto nos basta.

Uma BOLA, por Deus, imploro! Apenas uma BOLA que role, quique, gire, voe... Com ela, a BOLA, aquela BOLA, a rolar e a voar sonhos de milhões de botafoguenses. Não sonhos megalomaníacos de conquistas guerreiras. Apenas sonhos de VITÓRIAS no campo mágico de um ENGENHÃO CHEIO, onde o BOTAFOGO haverá de se destacar, na ginga, na malemolência, no jeitinho posto a serviço da felicidade coletiva.

Dê ao BOTAFOGO algo simples, simplório: uma BOLA que mobilize essa torcida de irmãos que brigam entre si; uma esfera de couro que una milhões, em casa, na rua, na praça, capaz de fazer o BFR volta a ser o time do seu povo: Gente sorrindo desdentada ou vestida de farrapos; gente que sofre, vibra, chora na iminência de derrotas; mas, gente que ganha cada jogada, faz cada gol, ergue cada taça, sentindo o gosto da vitória.

Para finalizar, Papai Noel, dê ao nosso ex-Glorioso uma BOLA capaz de SALVAR O BOTAFOGO ENQUANTO É TEMPO!

Nicanor Sena (Goiânia)

sábado, 12 de dezembro de 2009

O mal é pensar pequeno...

O Botafogo é imenso. De tradições e glorias que são difíceis de dimensionar. Sua contribuição para o futebol mundial são conhecidos por todos ao redor do mundo, até por aqueles que não levam a estrela solitária como seu clube do coração. No entanto, essa atual diretoria parece esquecer e desprezar isso. Renovação com Estavam, pouca movimentação para grande contratações, ausência de patrocínio forte e amadorismo no Engenhão é pensar pequeno para os próximos anos.

Pensar pequeno é o que me dá mais raiva. Compreendo que no ano passado as coisas estavam complicadas, a antiga diretoria deixou o clube acabado, só com 2 jogadores no elenco. Desde o inicio do ano foi claro que este iria ser um ano de transição e que seria difícil. Naquele momento compreendi que essa era a visão realista e seria em relação ao futebol do Botafogo. Depois do sufoco esse ano a conversa mudou, não é a mesma. Mas as atitudes...

Enquanto o Vasco contrata o Vagner Mancini, o Santos o Dorival Jr, o Atletico-MG Vanderlei, nós renovamos com o bostético do Estevam. Se o Botafogo quiser pensar em títulos ano que vem não podia ter renovado com ele. É claro que ele é apenas medíocre, nunca ganhou nada na vida, tendo sua carreira montado em times médios de São Paulo. Jornalistas que acompanham o Botafogo afirmam com convicção que ele entende muito pouco de tática e que não domina o grupo do Botafogo. Não é possível que ninguém enxergue isso!! Todo o grande time começa com um grande treinador.

Colocando o Vasco de novo na conversa, o time da cruz de malta está sondando o Keirrison, Dodô, Herrera, Reinaldo e agora o Rafael Sobis. É lógico que o Vasco não tem fábrica de dinheiro e apenas um ou dois desses jogadores devem acertar. Mas não interessa, isso é pensar grande!Além disso, o Vasco já contratou sete jogadores, entre eles bons nomes que apareceram no campeonato como Leo Gago e Marcio Careca, além de Elder Granja. Enquanto o botafogo busca reforços na sua filial no DF, o Atlético contrata o Vanderlei. Falem o que quiser dele, mas é inegável que ele sabe montar elencos e é vencedor! Enquanto isso o Botafogo...

Quem me conhece sabe que eu não sou da linha corneteiro, muito menos pessimista. Nem sou do Movimento Carlito Rocha, oposição de merda que só critica a atual diretoria. Estou apenas preocupado com o que esta acontecendo com o Botafogo, parecem que querem diminuí-lo cada vez mais. Assim a diretoria quer chegar aonde? Talvez nas finais do carioquinha... Tive que escrever isso pra desabafar porque tô vendo pouca gente indignada com esse começo de temporada do Botafogo e com a renovação com o Estevam. Não é possível que só eu pense assim!

Saudações Alvinegras!

Dudu Alijó.

sábado, 17 de outubro de 2009

A CAMISA 7 É DO JOBSON!

Esse “lenga-lenga” e essa ladainha que incitam violência entre a torcida do time mais bonito, da camisa mais bonita e do escudo mais bonito do mundo com a do time que enche estádios, mas não leva um sequer centavo das bilheterias do Maracanã (como provou o último borderô do Fla-Flu), motivado pelo fato de que o mesmo, além de ser caloteiro em encargos sociais (= não paga sequer os salários dos seus atletas – como bem o disse o Vampeta em certa ocasião, muito menos ao INSS e ao FGTS), NÃO me interessa.

Também não me interessa ficar aqui a lamentar a (des)administração da atual Diretoria, que, como todos sabem, está entregando o patrimônio do nosso ex-Glorioso BOTAFOGO nas mãos de empresários de intenções duvidosas – como prova a recente “entrega” dos nossos atletas sub-20 a um tal fundo (do poço?), conforme noticiado aqui mesmo no G-1.

Assim, porque queiramos ou não, a Diretoria que temos hoje (mas por enquanto) é a que aí está, e porque, plagiando as palavras do saudoso poeta Mário Quintana, “aqueles que atravancam o caminho do BOTAFOGO passarão, e o BOTAFOGO passarinho”, quero sugerir (embora saiba que “eles” não me ouvirão; são teimosos demais e insensíveis ao extremo para ouvir qualquer sugestão de torcedor) ao Sr. Maurício Assumpção: DÊ A CAMISA 7 A QUEM SABE HONRAR A SUA MÍSTICA – o JOBSON.

E digo isso, Sr. Presidente, porque quando você anunciou o atacante Reinaldo, disse que “o novo reforço vestiria a camisa mais importante da história do clube: a 7” – lembra-se?

Se não lembra, não custa recordar que, para nós botafoguenses, realmente, não há honra maior dentro do BOTAFOGO do que ver um craque (coisa que o Reinaldo não é, nunca foi e jamais será) usar a camisa que foi de nossos grandes ídolos.

A camisa 7 do BOTAFOGO, Sr. Presidente, já vestiu tantos craques que, no nosso inconsciente coletivo ganhou o status de imortal com a benção do maior craque de todos os tempos, Garrincha. Sob a áurea do sagrado e imortal Mané, nosso BOTAFOGO construiu a sua história e a do futebol brasileiro e mundial também. Chamado de “Anjo das Pernas Tortas”, Garrincha atuou pelo então Glorioso time da estrela solitária, na década de 60 e deu muitas alegrias para a nosso imensa torcida.

Só para lembrar ao Sr. (e à cambada de gordos que desadministram nosso clube) não é demais dizer que, dentre tantas, uma das nossas maiores glórias, destaca-se aquela de quando o Garrincha marcou duas vezes na final do Campeonato Carioca de 1962 e o Botafogo levou o caneco pra General Severiano, em cima do nosso mais odiado rival, o Flamengo (que o Sr. tanto ama, ao que tudo está a indicar). Com a mística da nossa camisa 7, o Mané (nosso mais que “anjo” – um Deus mesmo) no total, jogou 579 vezes pelo BOTAFOGO, marcando 249 gols.

E porque o nobre dentista, na época, com certeza, sequer tinha dentição adulta na boca, também não custa lembrar que, antes de Garrincha, um outro grande craque já vestira a nosso MANTO SAGRADO N° 7: o atacante Paraguaio. Em 1948, ele, “cracasso” (que não era chinelinho como o Reinaldo, que só adentra o gramado para “urubuservar” os demais atletas dando o sangue pelo time), era o dono da mais famosa camisa alvinegra. Foi com ele, Paraguaio, que o BOTAFOGO venceu o Campeonato Carioca daquele ano, em cima do badalado “expresso da vitória” – o Vasco.

Já para os colegas que postam mensagens neste blog apenas para repetir o que já está cansado de ser repetido, também não custa lembrar que na década de 70, o BOTAFOGO viveu uma grande safra de camisas 7. Primeiro, com um de nossos maiores ídolos, Jairzinho o “furacão da Copa de 1970”. Honrando nossa 7, Jairzinho marcou 189 gols pelo BOTAFOGO. Como esquecer do Rogério, sucessor do Jairzinho? Como deixar de lembrar dos dribles e dos cruzamentos perfeitos do Zequinha, que colocava o Roberto e o Ferreti (nosso Espanador da Lua) na cara do gol?

Sr. Presidente, tome intento! Como deixar de dizer que “depois de um longo e tenebroso inverno”, em que o BOTAFOGO passou alguns anos sem um grande ídolo para vestí-la, a nosso mística camisa 7 foi crucial em um dos maiores títulos da história do Glorioso! O grande escolhido para usar o famoso manto e acabar com o jejum de títulos foi Maurício, com um gol em cima do mesmo e tantas vezes odiado Flamengo. Mais uma vez, em 1989, a camisa 7 fazia a diferença!

Será que o Presidente esqueceu que, decorridos seis anos da gloriosa conquista de um campeonato carioca, nossa camisa 7 teve seu brilho reluzente mais uma vez na história do futebol brasileiro, com o grande artilheiro Túlio Maravilha a vestindo? Como, diga-me, Sr. Presidente, esquecer que o BOTAFOGO foi Campeão Brasileiro de 1995, com o Túlio Maravilha sagrando-se artilheiro da competição, com 23 gols, usando o Manto Sagrado de nº 7?

No último título do BOTAFOGO, em 2006, quem a vestiu? Lucio Flavio - na época a grande contratação da equipe e um dos principais jogadores na campanha vitoriosa e que deu ao clube nosso último título Carioca.

Senhor Presidente: Se você tem um mínimo de sensibilidade e de perspicácia (mesmo sabendo que “não morro de amores pelo modelo de gestão que tens implantado no nosso BOTAFOGO), não custa nada dar o braço a torcer; dar a mão à palmatória! Admita, antes que seja tarde, que a tua tentativa de criar mitos falhou. Admita que, por mais que tenha sido boa a intenção, não deu certo a idéia de entregar a nossa MÍSTICA CAMISA 7 ao Reinaldo para vesti-la! É que ele, o flamenguista Reinaldo, não sabe honrá-la. E se tem futebol para desempenhar tarefa mais do que sacrosssanta, seu passado rubro-negro impede-o de fazê-lo.

Admita, Sr. Presidente, que, no atual elenco, a única contratação que você fez acertadamente, capaz de merecer a honraria de ostentar uma camisa que já jorrou o suor de tantos craques é o JOBSON – esse menino endemoniado que, pelo que vi, pessoalmente, no Estádio Serra Dourada, enloqueceu todo o time do Goiás; o mesmo JOBSON que “fez chover” e levou ao delírio a torcida que compareceu ao jogo BOTAFOGO 3 X 1 Atlético Mineiro, no Engenhão (onde me encontrava); o mesmo JOBSON, que fez-me pegar um avião para poder dizer que “agora já posso morrer em paz” porque revivi o Garrincha, quando ele, em dois dribles (uma chaleira dada na linha de fundo, pela esquerda, que quase redundou em gol contra, e num outro drible, com ginga de corpo, que tirou, de uma só vez, 4 atletas da jogada, na meia lua..., contra o Avaí).

O JOBSON, Sr. Presidente, em apenas três jogos, apresentou UM FUTEBOL DIGNO DA NOSSA CAMISA 7 e mostrou a personalidade necessária para ser mais um legítimo detentor desse manto tão endeusado pelos botafoguenses! Afinal, futebol o JOBSON possui, de sobra e pra dar e vender.

Penso que é chegada a hora de o BOTAFOGO mostrar ao mundo que, realmente, é o único time que possui uma camisa mistificada, endeusada, capaz de levar ao delírio até mesmo a torcida adversária. Basta que os que dirigem o clube determinem ao treinador: “A CAMISA 7 É DO JOBSON.”


Nicanor Sena (Goiânia)

domingo, 26 de julho de 2009

Nada de déjà-vu!

Estávamos desconfiados, apesar dos 4 jogos sem perder. Ontem enfrentamos um dos melhores times do Campeonato enquanto nós amargávamos a zona de rebaixamento.

Poucos acreditavam neste triunfo. Um empate seria vitória.

Mas, logo no início do jogo o Botafogo, que fez um grande primeiro tempo, fez 2X0 (gols de Wellington e André Lima) e nos encheu de esperança de uma goleada. Fim de primeiro tempo. Tivemos 15 minutos para comemorar a boa vantagem, porque logo no começo da segunda etapa o juizeco marca um pênalti malandro para a equipe gaúcha, que foi convertido, sem chances para Castillo.

O gol do Inter teve um efeito bombástico na nossa confiança, mas parecia não ter afetado os nossos jogadores. Por pouco nosso zagueiro-artilheiro Juninho não aumenta o placar em duas boas cobranças de falta. O Botafogo continuou pressionando até o técnico do Inter mexer no time. Aí o jogo que parecia fácil ficou bem mais equilibrado. E numa falha do nosso sistema defensivo, o Inter consegue o empate num rápido contra-ataque. Um balde de água fria nos alvinegros.

Mais um déjà-vu? Parecia que a história se repetiria mais uma vez. A partir daí o jogo foi teste para cardíaco. E aos 29 minutos, Batista faz bom cruzamento, Reinaldo desvia de cabeça para Alessandro (isso mesmo!) chutar e fazer 3x2! Gol pra soltar a voz da galera no Eu Vi. O jogo continuou tenso, mas o placar não mudou. Vitória do Fogão para alegria da Geral!

Será que depois do jogo de hoje o Ney Franco se convence que o Wellington é infinitamente melhor que o Emerson? Que se Alessandro não der uma de “meia-armador” e ficar fixo na lateral fazendo o feijão com arroz ele rende mais? Que se o tal meia de qualidade e velocidade que tanto queremos não aparecer, precisaremos no mínimo de um volante mais completo, que saiba fazer a ligação com o ataque, mas que também saiba marcar forte? Podem reparar em quantos gols levamos nos últimos jogos em contra-ataques adversários. Por que será?

Desta vez, uma gripe não me permitiu assistir ao jogo com a galera no Eu Vi. Acompanhei o jogo em casa, com o coração na mão. Então, tenho que agradecer a Beto por me descrever as expectativas e sensações dos quem estavam no bar para que eu complementasse este texto.

Quarta-feira temos um jogo importante fora de casa contra o Coritiba. Uma vitória provavelmente nos fará dar um grande salto na tabela de classificação. Estamos começando a embalar no Brasileirão e eu, particularmente, estou muito confiante na conquista destes 3 pontos. E vocês?

Até quarta, Geral!

Saudações Alvinegras,

Marina Gomes.

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